Na psicologia analítica, há uma valorização dos conteúdos simbólicos e suas manifestações. Sendo assim, as imagens e as fantasias assumem papel de destaque no processo terapêutico.
Na terapia junguiana, psicólogo (a) e paciente trabalham juntos (as) para reencontrar o caminho que tem mais a ver com a essência do(a) paciente.
O(a) paciente pode ficar à vontade para falar do que quiser. Qualquer situação que tenha lhe causado algum afeto ou conflito pode ser analisada e refletida.
O (a) psicólogo(a) irá buscar compreender simbolicamente o que aquela situação está representando para o(a) paciente. O(a) paciente, por sua vez, começa a compreender melhor a si mesmo e como ele(a) “funciona” no mundo.
Compreender simbolicamente quer dizer ir além do significado óbvio das situações, buscando entender o que mais está carregando aquela situação de afeto (podem ser experiências e vivências prévias, crenças, conceitos, etc).
Além da fala, da conversa, o(a) psicólogo(a) junguiano(a) pode trabalhar com a análise dos sonhos, imaginação ativa, jogo de areia, arteterapia, trabalhos artísticos, terapias corporais ou qualquer recurso que envolva material psíquico do(a) paciente.
A psicóloga de orientação junguiana geralmente é bastante participativo(a) na sessão, ouve e faz pontuações para refletir junto com o(a) paciente.
De acordo com Jung, a interação entre as personalidades do terapeuta e paciente é um dos fatores que promove a transformação na terapia . Por isso a relação terapêutica tem um papel fundamental, e ela vai se construindo e se fortalecendo ao longo das sessões.
O transcorrer das sessões não é rígida segue um curso suave, pontuado pelo movimento interno do(a) paciente. Neste sentido, a psicoterapia junguiana não é uma terapia linear, e funciona de modo espiral: trabalham-se algumas questões num momento e é possível voltar a essas mesmas questões em um outro momento, para analisá-las sob um novo ângulo.
Todo esse processo vai transformando o modo como a pessoa lida com seus próprios conteúdos.